terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um pouco sobre o Urubu-rei (Sarcoramphus papa)




Sarcoramphus papa (L.), Popularmente chamado de Urubu-rei, Urubu-branco ou corvo branco é atualmente a unica espécie da familia Cathartidae  ameaçado à extinção, pois é o único urubu brasileiro que é afetado pela destruição de seu habitat. Além disso, é capturado para tráfico de animais por sua beleza e exuberante plumagem.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Produção de Prótese Craniana à base de Titânio




Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) estudam uma inovadora prótese craniana resistente e personalizada à base de titânio. A peça está sendo testada em humanos e permitirá reduzir o tempo da cirurgia de implante.


Os traumas causados por malformações e acidentes que afetam o crânio são grandes. Além dos riscos para a saúde e do desconforto, a questão estética é uma dura realidade para as pessoas que se encontram nessa situação. Para enfrentar esse problema, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) estudam a fabricação de uma inovadora prótese craniana resistente e personalizada.


Leiam mais no http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2013/10/sob-medida


O QUE É BOTÂNICA



                                    ORIGEM DAS PLANTAS.

sábado, 19 de outubro de 2013

Virologia, uma breve introdução

O que são vírus?
Vírus são invasores microscópicos que penetram em nosso corpo e utilizam as nossas células para se multiplicar e após completar o processo acabam matando-as, ou debilitando-as. Porém não são apenas os seres humanos que estão sujeitos a esse tipo de invasão, os vírus atacam células de diversos organismos como: bactérias, fungos, plantas e animais. A célula que é atacada é conhecida como célula hospedeira, fora de uma célula hospedeira o vírus não se reproduz e nem apresenta nenhum tipo de atividade metabólica, por isso os vírus são parasitas intracelulares obrigatórios. Nesse estado eles são chamados de vírions. Por esse motivo também alguns autores não incluem os vírus na categoria dos seres vivos, porém muitos concordam que são sistemas biológicos já que possuem material genético e utilizam o mesmo sistema de decodificação que as outras formas de vida conhecidas.


Origem da virologia
A virologia só teve condições de se desenvolver após a bacteriologia, pois era impossível identificar os vírus antes de aperfeiçoar as técnicas de isolamento de partículas maiores como as bactérias. Em 1883, a primeira menção aos vírus foi feita pelo estudioso alemão Adolf Mayer que estudava as causas do mosaico do tabaco, doença que hoje sabemos ser causada por vírus. Mayer baseado no trabalho de outros microbiologistas sugeriu que a doença era causada por um microrganismo extremamente pequeno, mas não conseguiu identificá-lo e nem seria possível sem o microscópio eletrônico que ainda não havia sido inventado. Em 1884 foi inventado um filtro de porcelana tão fino que era capaz de filtrar bactérias, na época não era conhecido nenhum agente que pudesse passar por ele. Alguns pesquisadores perceberam que mesmo depois que os materiais eram filtrados alguns continuavam com caráter infeccioso, chegou-se a pensar até se tratar de uma toxina de algum microrganismo.
Em 1897 o botânico holandês Martinus Beijerinck definiu o agente infeccioso persistente como capaz de se multiplicar e passar de planta a planta mesmo depois de ter se reproduzido inúmeras vezes foi o primeiro a caracterizar o vírus que recebeu esse nome que já tinha sido utilizado anteriormente para caracterizar moléculas patogênicas, pois essa palavra vem do latim e significa veneno.
Muitos pesquisadores associaram o vírus com outras doenças mesmo sem ter sido possível visualizá-lo. Somente em 1939 o vírus foi visto pela primeira vez, com um microscópio eletrônico, após esse acontecimento diversas descobertas foram feitas, as quais possibilitaram o rápido avanço sobre o conhecimento que se tem hoje em relação aos vírus.
Estrutura
A maioria deles mede em torno de 20 e 30 nm e não possuem células, ou seja, são acelulares. O vírus não apresenta organelas, núcleo ou citoplasma, é constituído apenas por ácido nucleico que é envolvido por proteínas.
O vírus foi definido pelo ganhador do prêmio Nobel de medicina, Peter Medawar, como “um pedaço de notícia ruim embrulhado em proteína”. A notícia ruim no caso seria o ácido nucleico do vírus contendo sua informação genética, esse conjunto é o seu genoma, o qual em geral é muito pequeno, o vírus da varíola que é o maior tem apenas 200 genes contra 30 a 40 mil do genoma humano. O genoma viral pode ser DNA ou RNA, esse fato divide os vírus em dois grupos de classificação. Normalmente os vírus contém apenas um tipo de ácido nucleico, no entanto sabemos que vírus como o da hepatite B, podem sintetizar RNA, entretanto a sua classificação continua sendo vírus de DNA porque é constituinte básico do seu genoma.
O envoltório do genoma viral é chamado de capsídio, que pode se apresentar de várias formas e tamanhos. O conjunto de ácido nucleico + capsídio constitui o nucleocapsídio. Alguns vírus, ao sair da célula hospedeira, ficam envoltos pela membrana celular da mesma, formando o envelope viral (membrana lipoproteica que envolve externamente o vírus). Os que possuem envelope viral são os vírus envelopados os que não possuem são os não-envelopados.
Para entrar na célula hospedeira o vírus deve se encaixar na membrana plasmática dela utilizando as proteínas ligantes que estão na parte exterior viral. Esse tipo de reação é específica, logo o vírus tem uma gama de hospedeiros limitada e às vezes pode invadir apenas um tipo de célula, como é o caso do poliovírus que atingem apenas células humanas.
 
Referências
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues.
Biologia, 2° edição. São Paulo. Moderna. 2004
 
BLACK, Jacquelyn G.
Microbiologia, 4° edição. Rio de Janeiro. Guanabara. 2002
 
Revisado por: Profª Drª Silvana Haddad

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

GENÉTICA, Let's go!

Nesse espaço iremos tratar sobre Genética. A ideia de herança biológica está presente em todos nós. Sabemos que um indivíduo ao se reproduzir irá transmitir suas características aos descendentes, mas você sabe como isso ocorre? E quando falamos em genética o que vem a sua mente? DNA? Gene? Cromossomo? Ervilhas? Antes de começarmos a estudar a genética em si vale a pena descrever alguns conceitos importantes para nosso estudo, pois eles estarão presentes a todo o momento.

  • GENÉTICA

·         É a ciência que estuda a hereditariedade, ou seja, a transmissão de características de geração a geração. Essas informações dessas características estão contidas nos genes.

  • DNA

·         Substância química responsável pela herança genética e pela manifestação das características biológicas de todos os seres vivos.
·         Tem sua identidade baseada em sua composição e organização.
·         É um polímero, formado pela união de inúmeras moléculas menores, os nucleotídeos.
·         A molécula de DNA é constituída de duas fitas que se entrelaçam, formando uma dupla hélice.
·         As duas hélices do DNA são complementares.
·         Os organismos diferem um do outro porque suas respectivas moléculas de DNA têm distintas sequências de nucleotídeos e, em consequência, carregam diferentes mensagens biológicas, diversas “receitas” para sintetizar proteínas.


  • GENE

·         Representação molecular herdável de uma característica fenotípica, frequentemente caracterizado em uma região do DNA com a ‘receita’ química para fabricar uma proteína.
·         Cada molécula de DNA possui muitos genes distintos.
·         Esses genes carregam as informações do DNA.
·         O local que o gene ocupa no cromossomo é denominado locus gênico.




  • CROMOSSOMO

·         Estrutura formada por uma molécula de DNA longa, única e altamente organizada que contém as informações genéticas dos organismos.
·         Cromossomos homólogos: são dois cromossomos correspondentes, com seus ‘loci’ organizados da mesma maneira.



  • CROMATINA

·         Complexos moleculares compostos por DNA e proteínas que formam os cromossomos.





  • GENÓTIPO

·         Conjunto de genes que um indivíduo possui. É o componente herdável que contribui para as características que o indivíduo vai manifestar.”, ou seja, suas características fenotípicas.

  • FENÓTIPO

·         Designa qualquer característica de um indivíduo, podendo ser morfológica, fisiológica ou comportamental.
·         O fenótipo é resultante do genótipo em interação com o meio ambiente
    
FENÓTIPO à Genótipo + Meio ambiente

    
As cores, amarela e verde, representam o fenótipo das ervilhas        


  • HOMOZIGOTO

·         Condição em que os ‘loci’ de um gene são ocupados pelos mesmos alelos.
Ex: AA ou AA.


  • HETEROZIGOTO

·         Condição em que os ‘loci’ de um gene são ocupados por alelos diferentes.
Ex: Aa.
  
  • ALELO RECESSIVO

·         Alelos que só se expressam na condição homozigota são chamados de recessivos.


  • ALELO DOMINATE


·         Alelos que se expressam na condição heterozigota são chamados de dominantes.

Ex: AA à Pele normal 
      Aa à Pele normal 
      aa à Pele albina


Com esses 11 conceitos bem definidos, vamos dar início ao nosso estudo sobre genética. Começando pelo trabalho de Mendel com suas adoráveis ervilhas...


Trabalhos de Mendel
Gregor Mendel (1822-1884) era um monge agostiniano que viveu a maior parte do tempo em um convento em Brno, uma cidade da atual República Tcheca. Durante 8 anos Mendel ficou realizando experimentos com ervilhas que permitiram o desenvolvimento de uma teoria para explicar os fenômenos da herança. Em 1865 Mendel apresentou suas conclusões para cerca de 40 cientistas reunidos na Sociedade de Naturalistas de Brno, porém esses cientistas foram indiferentes à sua apresentação. Em 1866, Mendel publicou seu trabalho, porém continuou sendo ignorado. E só em 1900, 16 anos após sua morte, que seu trabalho foi tido como certo, ou seja, há 34 anos os fundamentos da nova ciência já foram estabelecidos por aquele senhorzinho das ervilhas. 

Gregor Mendel

Primeira Lei de Mendel – O monoibridismo
Mendel estudou cuidadosamente características contrastantes das ervilhas. Ele supôs que se uma planta tinha uma semente de cor amarela, devia possuir algum fator responsável por essa cor, da mesma forma que se a semente possuía cor verde, haveria outro fator para essa cor. Sendo assim ele resolveu cruzar plantas de sementes amarelas com plantas de sementes verdes, claro que plantas que fossem puras para não haver engano, ou seja, plantas que só contivessem um fator. Para saber se uma planta era pura, Mendel fazia a autofecundação de uma planta por várias gerações, até chegar num ponto onde todos os descendentes possuíssem a mesma cor do indivíduo inicial.
Quando ele conseguiu ervilhas puras, ele cruzou a ervilha de semente amarela com a ervilha de semente verde, sendo denominada essa primeira geração do cruzamento de: Geração Parental ou Geração P.
Do cruzamento desses indivíduos, formavam-se novos indivíduos, sendo essa nova geração chamada de Primeira Geração Híbrida ou Geração F1, nessa geração Mendel percebeu que todos os indivíduos formados continham sementes amarelas, dando nome a eles de indivíduos híbridos, pois descendiam de pais com características diferentes. Mas por que o fator que denominava a cor verde não apareceu nos descendentes do primeiro cruzamento? Teriam eles sumido? Se misturado?



 Com essa dúvida, Mendel fez uma autofecundação de um indivíduo híbrido de semente amarela. O resultado mostrou-se interessante, pois a cor verde que havia sumido na Geração F1, apareceu nessa nova geração denominada Segunda Geração ou Geração F2, sendo 75% de sementes amarelas e 25% de sementes verdes. Esse novo resultado fez com que Mendel percebesse que o fator da cor verde não havia sumido, apenas não se manifestava na presença do fator amarelo. Sendo assim, ele resolveu chamar o fator para amarelo de dominante e o fator para verde de recessivo. Após isso, Mendel realizou várias vezes o mesmo experimento para confirmar seus resultados. Notando que o mesmo resultado se mantinha, ele criou sua lei, conhecida como: Primeira lei de Mendel, Lei da Segregação de um par de fatores ou Lei do Monoibridismo.
Os fatores responsáveis por cada característica dos pais são separados independentemente para constituição do novo indivíduo.



Referências
LINHARES, S.; GEWANDSZNAJDER, F. Biologia: programa completo. Editora Ática, São Paulo, 1998.

LIMA, C. P. Genética: o estudo da herança e da variação biológica. Editora Ática, São Paulo, 1996.

PIERCE, B. A. Genética, um enfoque conceitual. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2011, 3ª edição. 

Introdução a evolução